sábado, 19 de maio de 2012

Lágrimas e sonhos

Como o amor se comportou diante de mim? Sempre perguntei isso. Nunca entendi. Sempre alertei a vida com olhos fugitivos, encantei a noite com gestos perdidos de saudade, procurei maravilhas nos pensamentos. Precisei de você. Não estava aqui perto. Queria lembrar dos seus olhos chorosos de saudade, felizes pelo amor que passou, e que um dia, se quiseres, terá de volta. Os passos vãos pela madrugada em pensamento são fonte de consolação, já que escapo da realidade. Em minha cama, deitado, sem luzes, entrego-me inteiramente aos devaneios. Tentando encontrar você no pensamento. Precisando da verdade que há em ti. Queria encontrar respostas para minha pergunta sem sentido. Porque o amor se comporta assim diante de mim? Como quem foge da tempestade no deserto. Com quem vê um oásis de belas paisagens numa miragem. E como uma miragem, foge da realidade, causando essa sensação impossível. Essa emoção de deixar os sentimentos soltos, presos. Porque o amor se comporta assim diante de mim? Nunca entendi. Essa resposta deve estar além dos meus devaneios. Das miragens, das ruas perdidas e fantasiadas no meu pensamento. A única coisa que tenho a absoluta certeza no momento é de que essa resposta não está em mim. Eu devo sentir em ti o que aconteceu para que me entregasse de bandeja essa pergunta que redoma minha mente dia a dia, de noite em noite. Impedindo-me de dormir. Solicitando minhas forças noturnas para encontrar uma resposta nos sonhos. E para sentir em ti. Eu preciso estar em ti. Então por fim, aceite esta flor, construída de sonhos e lágrimas, mas que em dado momento, me permitirá conseguir penetrar seus sonhos, quando esboçar por mim um sentimento qualquer, e assim me ajudando a encontrar a resposta para essa pergunta que me atormenta. Porque seu amor se comportou assim, diante de mim?

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