domingo, 7 de maio de 2017

A subjetividade do encontro

Criaram flores os nossos pensamentos, espasmódicas flores. Nuvens sépias e douradas pelo sol das 5. Encontramos refúgio nesse libertar. Panapaná colore e movimenta a beleza desse dia. Estava lá você parado, acenando os compridos braços para mim. Me viu a primeira vez. Nosso colorir pensamentos se cruzaram entre poemas e sons, os seus dedilhados no piano e as minhas metáforas mentais. (desculpe pelo cigarro!) O poeta nunca reclama de nuvens que se criam sobre nossos corações. Beijos e carinhos fazem florescer caminhos de mais de 340 kilômetros. Números cabalísticos da perfeição formam o tríduo do nosso aniversário. E eu te vejo perfeito, mais perfeito, mais perfeito sob meus dias, a me atuar neurores. A me confortar beijos amados. Criaram flores os nossos pensamentos, espasmódicas flores. Nuvens sépias e douradas abençoarão as nossas vidas. 

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Riachos e pontes na casa vazia

É uma casa completamente vazia,
sua voz propaga madeira e véu.
Translúcido véu sob nossos olhos.

Nós dois na escada da casa.
O sótão ecoa pelo ar, 
poeira não há, é tudo um vazio
sentimental... olhamos nos olhos
um e outro, dois
livres pássaros a sentir a água sob os pés,
voos rasos criam laços.

Pontes e Pedras
Formam estreitos caminhos
dos rios desses laços
que correm espaços entre os corações.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Nem todos os amores são flores, alguns são cactos.

É como percorrer o deserto!
O amor é como percorrer
o deserto numa tempestade de areia.

Luta-se, espera-se. De virtudes
ninguém sobrevive sozinho no deserto;
nem os canibais
nem os sonhadores.

Não há pés no chão no deserto,
o chão é incerto,
pode-se mover, pode-se ventar, cegar
areia nos olhos,

Os oasis são os desejos, a água,
mas no deserto lágrimas,
apenas o medo, de ser só meu,
o desejo de chegar ao mundo.