segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Floreios

Meus poemas são floreios da verdade, eu apenas enfeito aquilo que acho pouco digno de ser verdadeiramente vívido. Afinal, a poesia é a prova de que só a vida não basta para ser feliz. Sempre existirá essa outra necessidade. Portanto, quando digo que estou previamente lisonjeado de ter recebido de Deus, o dom das palavras, e de falar por ele sobre seus anjos e suas belezas, creio que também o homem é privilegiado por ter alguém que lhes possa contar sobre tais belezas, a ponto de iluminar os caminhos da mente, e alastrar o poder das nossas almas. Poetizar não é embelezar as palavras, é fazer delas um movimento de reflexão. Não sou um profeta, mas falo sobre o amor, e se o amor é a lição maior de Deus, sou seu mensageiro. Então digo em seu nome "amai-vos uns aos outros, como cristo nos amou". Pare de julgar o próximo como se fosse melhor que ele, porque teu manto é mais cheio de pecado do que aquele que não julga. Agora sim, falo como profeta. 

Quais são as belezas de Deus, a que me refiro?

São as tais demonstrações afetivas, entre qualquer pessoa, porque amar é amar ao outro, e não ao que ele ou ela tem no meio das pernas. Perdão meus queridos pela acidez. Mas cansei de tantos floreios, e resolvi mandar o recado diretamente. Não sejam ridículos! Nem burros! Nem hipócritas, e muito menos isso. Amem-se e respeitem-se. E desfrutem da poesia e da arte, porque nelas está embutida, o verdadeiro espírito de Deus. Ele é a sensibilidade humana na sua mais perfeita demonstração de amor.

domingo, 29 de dezembro de 2013

A lua

Veja como é singela,
a lua em seu véu de iluminar,
o teu rosto se forma assim tão bela,
e o meu desejo vem me abençoar.

Como que eu posso agradar-te?
Se já não tenho tanto amor,
eu prometi a lua a entregar-te
mas na verdade eu só tinha a dor.

Agora sou um novo homem,
a alegria me tomou,
e tu, me transformou no teu bem,
agora sou eu quem a lua te dou.

Vem, concedo a minha mão,
dou-te meu coração,
que em véus cobertos da lua abençoam
o nosso amor que nasceu em ilusão
e não pode mais ser desmanchado
pelo pesar da decisão.

Veja como é singela,
a lua em seu véu de iluminar,
o teu rosto assim tão bela
o meu desejo vem abençoar.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Fragilidade - Homenagem a Rafael Maurício

Por um momento me senti bravo hoje, percebi que havia gasto mais do que deveria. E sentei-me ao computador na esperança de ler algo interessante, que pudesse prender minha atenção – Talvez uma música – (ainda mais depois de duas horas lendo literatura britânica). Mas ao contrário de algo interessante, vi, com os olhos que se encharcaram num segundo propício uma mensagem de luto a um amigo que nos alegrava sem muito dizer. Seu olhar meio cabreiro, desconfiado, procurando atitudes e esperando mudanças. Ninguém sabe o motivo disso. Se há uma força maior na natureza que comanda a vida e a morte, nós devemos temê-la. Um menino, pacífico e cheio de sonhos. E de virtudes. Num momento frágil do seu ser, deixou-nos. Assim como tantos meninos, uma criança entregue ao berço de um deus que deu a certeza de que ele cumpriu sua missão. Ao que nos parece, ele, conseguiu transmitir a sua mensagem principal da vida; Paz, amor, igualdade, fraternidade, união. Se compara a outros tantos homens importantes, e que eram homens, e que não se deixavam o “pecado” ao lado.
Então, talvez estivéssemos na presença de um anjo mensageiro. Seria este mais um aviso do senhor todo poderoso aos homens? Rafael, eu te chamo assim, de anjo. Questionando a deus, e atribuindo-lhe o que lhe é merecido.

Obrigado pela grande mudança que você trouxe às nossas vidas. Jamais ouvirei Raul Seixas sem lembrar de você. Obrigado pela sua paz e pela sua atenção.

A fragilidade que nos é cabida
nem sempre nos coloca na melhor posição.
Vezes cruel, nos tira o amor,
nos deixa uma dor sem fim,
que não acaba, que não ameniza,
que nem o tempo apaga,
e a lembrança me rumina.

Essa fragilidade abarca a todos nós,
e somos frágeis como uma borboleta,
que se protege apenas,

pela alegria que proporciona às pessoas.