sexta-feira, 22 de junho de 2018

Para o tempo

No entanto o dia some,
e risos e abraços...
e a luz em minha alma.

Desaparecem os sóis;
um deles era a avó que me cuidou
e o outro era o calor,
que um dia tomou meu coração.
E dele veio a amargura da paixão.
E um gélido lunar me invade,
me inunda, em peixes e polvos e tentáculos
de esperança.

Se hoje o dia some
deixando para trás escuridão e dor,
há apenas o tempo a caminhar
por estradas longas de esperança.

Se até a volúpia falta,
falta também o sonho de um dia novo.
De sóis e calor...
De novos amores e menos solidão
a fazer espaço em meu peito
esperança, companhia e vastidão