segunda-feira, 28 de março de 2016

O saudoso



Saudosos os olhares da redoma. Os olhos expostos no meio da noite. Acalentados por um abraço, um obrigado, um olhar que se enche de lágrimas. O irmão que morreu na guerra urbana, expressado em meus braços. Os beijos não esquecidos, a memória que se faz importante. Todos unidos pelo amor. Expressos em tinta e corpo. Em sentimentos concretizados na ponta dos dedos. Todos os egoístas abriram seus corações e tripas sentimentais. Lá vem Drummond se metendo no meu poema de novo. Os desiludidos despedaçados com tiros no peito. Todos unidos pelo amor. E lá vem, os eróticos, as várias imagens de caralhos e bocetas. Mentais. Cujos nomes expressados no peito, nos mamilos, no abdômem, na coluna vertebral. Sustentação. Ele tatuava em si mesmo, a saudade dos outros, para lembrar que o amor não pode morrer. Todos ali, estavam unidos pelo amor. Somos um só povo, uma só gente, com um coração, que ainda perdido, ainda romântico.