sábado, 19 de maio de 2012

Amor

Pulei do sofá ansioso, entregando-me nos seus braços, se alisava insistentemente ao som do melódico jazz de Nat King Cole, todavia, partindo seu corpo ao meio em uma curva retilínea buscava com as mãos em laço meu corpo, mexendo-se encostou seu beijo ao meu, e a pele áspera se encontrou a face minha, e finalmente, seu sorriso alargou seus lábios firmes, sempre sérios, fixou o olhar, e como se admirasse estrelas abriu a boca não deixando espaço para as palavras, pudor, pudores berrantes da noite silenciosa recuavam dando espaço para a falta, naquela insônia que não me permitia descansar, senti seu tronco balbuciando uma expressão, subiu lentamente encostando os pelos macios nos meus poucos, a força, entregue aos pequenos detalhes do dia, deixava de existir e doce, seu corpo se entregava à medida que com a língua sentia seu gosto, e da língua, da mão, e do corpo, o que parecia ser o fim do mundo era apenas o amor.

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