quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Carta de reconciliação. Dedicado a Ronan de Mauro

Querido, 

Perdição da minha mente. Completamente perdida diante do seu olhar. Discreto. Amante. Saudoso. Sensível. Ah, se eu pudesse voltar e tornar-me o que éramos antes. Minha alma contradiz minha razão, mas as belezas que me mostra podem finalmente ser verdadeiras. Sim? Há amor desta vez, e eu sinto meu nome sendo pronunciado pelo teu coração em meio as flores daquele campo distante nos seus pensamentos. Os seus sonhos mais frenéticos devaneios do mundo subterfúgio desses hóspedes divinos. Isso que é a maior fantasia. Se desfaz meu sentimento e construo um novo. Me renovo, me amo, e eu posso me amar, eu preciso... para que de mim irradie a necessidade mais feroz do seu corpo leve. A leveza intermitente do seu ser que me afronta. Eu te amo finalmente. Deixa tudo. Deixa esse devaneio discurso para trás e me sinta novamente. A barba e os pelos a tocarem-me. Seu beijo. Seu suor. Seu corpo. Minhas mãos em ti. Suas mãos. Somos um, únicos no mundo todo. Esquece esse discurso e me ama apenas. O resto conseguiremos novamente. Reconstituir o sonho mais belo. O sonho de nós dois entre as bilhões de estrelas a esperar a morte no mundo. Cada um, um ser de luz. Nós demoraremos mais. Nossas vidas se juntaram. Irradiaremos por mais tempo. É sempre possível ter alguém. Seja mil, cem ou um... um amor que me salvou do leito de morte.

Segue um trecho de Leminski para ilustrar esse momento.

isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além



Um comentário:

  1. No futuro próximo terá uma grande mudança ,onde só o tempo vai saber .

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