segunda-feira, 3 de março de 2014

Titã - Para Rimbaud

Pobres, meros, sujos
são teus olhos assim podres,
são teus beijos assim mundanos,
os meus seios cheios de amores,
os meus lábios são profanos.

Imundos!
São teus corpos repintando
a poesia que já existe.
A perfeição se criando
das minhas formas, minha pele resiste.

Insanos, são vocês, crápulas, loucos.
São suas mentes já tão levianas,
seus pensamentos na superfície.
Pobres coitados, minha alma me ama.
Meu falo, meu espírito, meu cérebro, isso, me disse.

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