Me sinto só, tão só quanto a
última estrela que sobrou em toda a galáxia depois da explosão do sol. Se o sol
explodiu? Onde é que você tava? Não estava não, eu estou só... Tão só quanto a
última flor do deserto. Mas deserto não tem flor, tem sim, eu desabrocho no
primeiro sinal se tu quiseres, cheio de mim, arreganho-me, em posicionamentos
nada éticos deixo a solidão como quem abandona uma doença. E me vou aos seus
braços. Me sinto só, mas sem sol, sem vida, e sendo a última estrela, nem
brilhar parece satisfatório, por isso, apago as luzes. Não preciso de
holofotes, não sou um show. Não sou um monumento, nem um objeto. Sou eu... A
última estrela do deserto, que procura uma flor para iluminar todo o sabor do
sexo.
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