Já é dificil, agora, acreditar,
enamorar,
consentir um empobrecimento do próprio ego
em função do outro:
o que se pode chamar em termos culturais de
amor.
Talvez que pensem em exatos espaços
todos outros tantos apaixonados
por tão poucos - adolescentes;
Inspiradores o são, nos vemos eternos
e somos.
Quem, dirá não?
É tão brusco o pensamento - tão rútilo pedra - duro.
Não penso que ... que... que posso mudar o destino - penso apenas,
e já sem acreditar
na sociedade tão bela
dinheiro, fome e miséria
sem fé, eu digo:
amem-me, pois preciso.
Voltar a acreditar no amor
no apaixonar.
Oras, que esse amor não correspondido é uma merda,
uma grande poça de merda,
uma merda enorme, incrustada nas paredes do coração, e fedorenta,
líquida e espessa, correndo nas minhas veias e tuas
nossas todas.
Tantos espaços tantos outros para tanto nada
tanto vazio, que voltem espadas,
a dilacerar meu peito em novos e findos amores.
Que é melhor muitos que nada!
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