domingo, 8 de setembro de 2013

Carta Amante 3 - Giovanne

Ibiporã, 08 de Setembro de 2013

Giovanne


É o riso que belo entorna nossa amizade, e por mais que eu sempre diga que o riso é falho, é bobo, nem sempre ele tem a função de distrair, ou fazer perder a concentração, às vezes ele é imponente, e às vezes nos coloca num novo rumo, ou num novo caminho, nos faz escolher a profissão, o que nos fará rir, ou nos trará prazer através do sofrimento, no meu caso inquietação do ser.
Essa reflexão do riso é na verdade um meio de chegar a ti, e de mostrar o quão importante tu te mostras aos outros, que aparentemente no delírio tristeza que sufoca a alma de qualquer indivíduo, uma graça, uma “risonheira” demonstração de afeto cura todos os males, os que ainda vão chegar até.
Eles não vêm. Muitas vezes sei que o riso tem seu papel “prevenidor”. (falar preventivo parece indício de doença). Uso os termos que mais me adéquam, por mais que não existam, assim como pensei que você não existisse quando vi pela primeira vez, pela primeira impressão, pelo primeiro amor afeto amigo que se formou; é sim, uma bela demonstração de amizade no eventual riso “prevenidor” que me causaste.
Não pense o contrário Giovanne, seu olhar risonho é importante aos outros, isso causa inveja, recalque, palavra essa da moda agora. Palavras de moda existem, pessoas também, seu olhar amistoso nunca sai de moda. Sua piada e sua sátira são ínfimas demonstrações afetuosas da missão que Deus lhe despertou. Animar os amigos, e fazer evitar aborrecimentos causados pelo aborrecimento que tu evitaste com o riso. Parece tão redundante, mas em qual aspecto devo abordar a sua característica mais sutil e ao mesmo tempo mais evidente? O seu amor se transporta na alegria, e no riso consequentemente.
Minha desvalorização da comédia é um indício de gostar das coisas que me incomodam e que mexem comigo, mas seu riso também mexe comigo de alguma forma, me inquieta a buscar sempre mais, o motivo para rir igual a ti, a alegria sincera, a companhia verdadeira, o amor rebuscado que já existe dentro de você e que eu ainda busco dentro de mim.
O seu riso é meu ideal de vida, e é por isso que te admiro, tanto, meu amigo, eterno, e “semproso”. Meus neologismos são a prova de que algumas palavras são indescritíveis em ti.
Por isso, agradeço a todos os risos provocados que me deste. E digo que termino essa carta sem terminá-la, deixando margem a um futuro texto, e indicando a infinitude das palavras combinadas; um poema:

A Luz,

A graciosa luz do vagalume
vagou por entre as vagas árvores escuras
iluminando o vagueado campo com vacas
e fazendo rir o menino pastor
descendente do maior pastor vaqueiro;
o menino Jesus Nazareno, a quem oram todos
os brasileiros mais ansiosos
pelo amor do desconhecido e vago
espírito de Deus.

 Uma música que me alegra               

  
Carinhosamente,

Leandro Benevides

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