Chamo-o do que
quiser. Disse raivoso, depois de noites e noites tumultuadas e cheias de
preocupações. Caóticas. Não quero mais entreter suas aflições e nem alimentar
seus ciúmes. Preciso ser livre. Livre dessa necessidade constante de carinho e
atenção. Do choro que me persegue. Acabo me envolvendo com (ELES, ESSES), tenho
que usar os dois pronomes. Esses estranhos meticulosos, eles, imprestáveis.
Desdotados de caráter. Gosto de inventar palavras. Desdotados é a melhor
palavra para descrever esses imbecis que se envolveram comigo. Hoje choro. Não
por eles. Mas por quem ainda não veio. Chame-me do que quiser. Sou dependente
químico, da química corporal, do feeling
de atrações e volúpias que sinto quando chego perto de alguns homens bonitos.
Foi aqui que acabou o namoro. Chamei-o do que quis. Agora sofro com a solidão.
Chorei um dia. No outro queria outro. Aprenda a me chamar. Dar-lhe-ei atenção
redobrada se preciso for. Contudo, choro as lágrimas do silêncio. A vida é
assim. Solitudica.
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