terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Por favor, atenção!


Chamo-o do que quiser. Disse raivoso, depois de noites e noites tumultuadas e cheias de preocupações. Caóticas. Não quero mais entreter suas aflições e nem alimentar seus ciúmes. Preciso ser livre. Livre dessa necessidade constante de carinho e atenção. Do choro que me persegue. Acabo me envolvendo com (ELES, ESSES), tenho que usar os dois pronomes. Esses estranhos meticulosos, eles, imprestáveis. Desdotados de caráter. Gosto de inventar palavras. Desdotados é a melhor palavra para descrever esses imbecis que se envolveram comigo. Hoje choro. Não por eles. Mas por quem ainda não veio. Chame-me do que quiser. Sou dependente químico, da química corporal, do feeling de atrações e volúpias que sinto quando chego perto de alguns homens bonitos. Foi aqui que acabou o namoro. Chamei-o do que quis. Agora sofro com a solidão. Chorei um dia. No outro queria outro. Aprenda a me chamar. Dar-lhe-ei atenção redobrada se preciso for. Contudo, choro as lágrimas do silêncio. A vida é assim. Solitudica. 

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