segunda-feira, 30 de maio de 2016

Inóspita, a chuva. (Parte II)

Costume ruim de sair a noite na chuva, buscando inóspitas lembranças. Sentia algo bom quando ouvia as gotas na calçada, as folhas molhadas crepitando, o barulho do vento e a cidade vazia. Cada automóvel que passava pela rua poderia ser mais, poderia ser apenas o som das rodas colando no aslfato molhado. As sensações entre o silêncio e os ruídos noturnos aliviam o espírito, colocam a alma imersa na paz de anjos. repetia esse rito quando chovia. De longe via a sombra que caminhava em sua direção, a cena se repetia, as luzes da rua relfetiam sua sombra até perto dele, já sabia que era mais alto que ele, que era homem. Sentiu novamente um frio percorrer seu corpo. Por causa da luz se olharam nos olhos. Os dele eram todos azuis claros. E os seus castanhos e escuros, desapareciam na penumbra. Os dois se cruzaram no pouco espaço da rua vazia. Olhando um para o outro, e quando se passaram ao lado, olharam para trás buscando respostas. O outro sallteou o passo, ele falhava o seu. Desaproximando, desaproximando... Quis parar, voltou-se para trás. O outro parou. Você tem telefone? Você tem nome? Lipe. Lipe de Felipe ou só Lipe? O que você preferir. Então Lipe, tenho sim telefone, anota aí. Era seu mundo. A solidão do todo úmido aquela noite fora deixada para trás.

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