segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Não há mais fogo no peito dos homens.

Ultimamente, minha vertente surrealista tem se aprofundado. Fiz esse poema, em homenagem a um homem que contradiz o que o título aponta. Lucas Uehara, amigo de forte índole e grande companheirismo, que amo com o ardor de uma das amizades mais fortes que tive.


Não se encontram mais pássaros de fogo no jardim.
As almas dos homens tem flores exóticas,
faltam chamas, e calor no peito dos homens... e sabor.

Vivenciam o sabor, o beijo dos anjos...

Lute com as suas forças guerreiro:
A luz te aguarda no fim do caminho.

Não é mais preciso dizer que Falo das chamas.
Que sinto um alto teor de...
Que sei que há no peito dos homens, fogo.
Que desse fogo pode só nascer algo mágico e intenso.
Que toques e olhos não suportarão reconhecer.

Não falo das chamas, mas sim... do que há dentro delas.

Sentimentos expandem-se como raios em busca de ópio e absinto.
Buscamos mosteiros perturbados corações.
A saudade corrompe o que há de mais sagrado no toque: esperança.

Há sempre para onde retornar: Sorrisos. Amores. Lutos. Memórias.

Mesmo que se não volte, há para onde retornar. Interior, voltar.
Buscar o melhor dentro do fogo.
Iluminar caminhos perdidos.
Combustível para as flores das almas. Fogo.

Brotam sementes e folhas: órquídeas e gramíneas forram as paredes da carne.
Interligam sensações as veias da alma...
E a chama  inexistente: que não se vê... aquela que não ama...
Na cabeça dos homens, cobrindo a pele.

Por isso: O mundo apodrece.. caem pedaços no vácuo espacial.
Não existem mais pássaros de fogo no jardim.
Iluminam espaços escuros. Predestinações do fim.
Eles que são anjos com cabeças de fogo e chamas interiores.

Fechamos os olhos para ver...
os anjos que nos tocam. E suas asas consoladoras.
Que nos fazem sentir amor,
o fogo, e o calor da exaurida bondade humana.
esperança.

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