terça-feira, 7 de outubro de 2014

Preâmbulo sobre minha literatura

Venho pensando em escrever sobre mim no blog. E fico a avaliar se é isso algo necessário, ou no mínimo, coerente. Eu uso muitas vírgulas para dar ênfase às palavras. E isso não caberia em minha vida, que tem sido excluída de ênfase de qualquer gênero. Então. Ao invés de pensar no suicídio que poderia ser uma opção para a fuga dos problemas sentimentais de minha alma e coração, de minha mente inimiga, e do mundo que parece estar contrariado às expressões de amor que distribuo aos quatro ventos, escrevo. Pedindo a todos que desconsiderem o preâmbulo. Octávio Paz, em O Arco e a Lira disse que o poeta não se exclui da sua obra. Me disseram que eu leio mal Paz. Mas eu acho que a ligação entre o sentimento interno, e o poema é mais íntima do que se pode pensar, sonhar, imaginar. Não há poesia sem escritor, não há poesia sem poeta, sem artista, sem sentimento. Então mando ao extasiado foda-se às regras da quase literatura acadêmica, para dizer o que sei dizer de melhor.

Na verdade esse texto é só provocativo, vez que eu sempre estive inserido em meus textos, por mais externos que fossem a mim, ou por mais descritivos sobre o relato alheio da vida amorosa de outros. 

Só peço que, no fim das contas, considerem quem escreveu o texto, já que a poesia não é feita para ser lida, e sim sentida. Mas ao mesmo tempo, não relacionem tudo a mim, pois eu crio casos e situações, e o papel do escritor é esse: contar histórias.

Att. Leandro Benevides

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