quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O tempo do amor


Aquilo era o inferno, as almas estavam espalhadas no chão, pessoas na lama. Pedindo misericórdia. Aquilo tudo, cena horrenda, podia ser vista dentro do coração do menino. Perdeu seu amor. Não sabia se era ou não o verdadeiro. Não sabia se iam se encontrar novamente. Apenas sabia que aquilo era doloroso. Queria encontrar alguém ainda melhor, mas achava impossível. Demorou tanto para que tudo acontecesse. Em pouco tempo, tudo terminou. É terrível realmente. Em algum tempo, pensa que tudo foi melhor assim. Que logo outro virá. Que esquecerá. Em outros, pensa que nunca mais encontrará ninguém. Era amor de verdade. Pelo menos para ele. Retribuição? Dúvida. Amor? Existe? Só por nós mesmos; E o famoso idealista que dizia: Amais ao próximo como a ti mesmo. Era idealista. Os que amam, sofrem. Penúria. Os que amam, sofrem. Há mesmo Shakespeare entre nós. Queria que houvesse. Um Romeo, o ideal de amor perfeito. Queria que houvesse. Já que não há. Contentar-se-á com os que aparecerem, os Romeos. Com vicios, virtudes, os loucos, os apaixonados, os frios, e os quentes. Cada um é um. O tempo dirá. E talvez é aí que está o problema do sofrimento no amor. O menino não deixou o tempo falar, ou então não o consegui ouvir. 

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