Saudosos os olhares da redoma. Os
olhos expostos no meio da noite. Acalentados por um abraço, um obrigado, um
olhar que se enche de lágrimas. O irmão que morreu na guerra urbana, expressado
em meus braços. Os beijos não esquecidos, a memória que se faz importante. Todos
unidos pelo amor. Expressos em tinta e corpo. Em sentimentos concretizados na
ponta dos dedos. Todos os egoístas abriram seus corações e tripas sentimentais.
Lá vem Drummond se metendo no meu poema de novo. Os desiludidos despedaçados
com tiros no peito. Todos unidos pelo amor. E lá vem, os eróticos, as várias
imagens de caralhos e bocetas. Mentais. Cujos nomes expressados no peito, nos
mamilos, no abdômem, na coluna vertebral. Sustentação. Ele tatuava em si mesmo,
a saudade dos outros, para lembrar que o amor não pode morrer. Todos ali,
estavam unidos pelo amor. Somos um só povo, uma só gente, com um coração, que
ainda perdido, ainda romântico.